
A Tireoidite de Hashimoto é uma doença
auto imune e ocorre quando o organismo produz anticorpos que atacam
as células foliculares da tireoide que são as responsáveis pela
produção dos hormônios triiodotironina conhecida como T3 e da
tiroxina conhecida como T4. Segundo Drauzio Varella “Tireoidite
de Hashimoto também é conhecida como tireoidite linfocítica
crônica e tem como principal característica a inflamação da
tireoide causada por um erro do sistema imunológico. Na tireoidite
de Hashimoto, o organismo fabrica anticorpos contra as células da
tireoide. Esta patologia é mais comum em mulheres do que em homens,
e a prevalência aumenta conforme o envelhecimento”. O
predomínio destes anticorpos é muito variado na população geral,
sendo decorrentes da idade, do sexo e da ingestão de iodo, além de
depender de diferentes metodologia dos ensaios empregados pelos
pesquisadores. Os pacientes podem produzirem anticorpos para epítopos
diferentes de suas próprias moléculas de TG ou TPO, os anticorpos
anti-tireoide produzidos podem escapar à detecção dos testes, que
procuram englobar a maioria dos epítopos antigênicos conhecidos,
mas não todos. Pode haver também contaminação com outros auto
antígenos da tireoide; além disso, diversos aspectos analíticos
podem contribuir para esta heterogeneidade, pois os testes
disponíveis comercialmente utilizam métodos diferentes em seu
desenho (radio-imunoensaios, ELISAs IRMAs, IFMAs), nos padrões, nas
técnicas de leitura (radioisótopos, enzimas, luminescência,
fluorescência) e principalmente, nos valores de referência.
O
teste mais importante para o diagnóstico etiológico da tireoidite
de Hashimoto, doença de alta prevalência, é a determinação do
anticorpo anti-tiroperoxidase (A-TPO). Outro teste útil é a
determinação dos anticorpos anti-receptor de TSH.
A
Tireoidite de Hashimoto tem como suas causas mais comuns por processo
de inflamação o bócio que é o aumento da glândula e
hipotireoidismo que diminui a função da glândula devido a
diminuição das taxas sanguíneas de triiodotironina (T3) e da
Tiroxina (T4). O acontecimento mais frequente dessa patologia são os
sinais e sintomas do hipotireoidismo e os sintomas mais comuns que
podem acometer os pacientes com tireoidite de Hashimoto são:
Cansaço, adinamia, diminuição da frequência cardíaca, câimbras,
constipação devido a diminuição do peristaltismo, pele ressecada
e fria, diminuição do apetite, sonolência, ganho de peso,
diminuição de síntese proteica, déficit de atenção, mixedema
(edema duro no pescoço), intolerância ao frio, alterações no
ciclo menstrual de mulheres e no libido dos homens, e em alguns casos
depressão. Os sintomas podem se agravar devido a progressão da
doença, sendo assim o paciente se sente cada vez mais cansado e com
menos energia. Devido a diminuição dos hormônios triiodotironina
(T3) e tiroxina (T4), o paciente pode apresentar um aumento do
tamanho da glândula tireoide e consequentemente a formação de
bócio.
Algumas
mudanças na alimentação são essenciais par o tratamento do
hipotireoidismo. É importante praticar exercício físico para
acelerar o metabolismo e otimizar o sistema endócrino, aumentando a
produção de T3.
Recomenda-se
ao paciente o consumo de peixes que além de ser fonte de ômega 3,
selênio e magnésio, é excelente fonte de iodo, que é essencial
para o funcionamento da glândula tireoide, mas seu excesso pode ser
prejudicial. O selênio é importante para a conversão de T4 para
T3. A vitamina A é fundamental para absorção do iodo e vitaminas
do complexo B auxilia o iodo com a produção hormonal. O consumo de
grãos, cereais e sementes evitam o aumento de açúcar no sangue, o
que previne a ativação da insulina.
Alimentos
que devem ser evitados ou consumidos com moderação: a Soja contém
grandes quantidades de substancias como flavonoides e ácido fítico,
que impede e a absorção dos minerais zinco, cálcio e magnésio.
Evite: leite e suco a base de soja, salsicha, peito de peru,
hambúrguer e outros produtos que contenham soja. É
importante evitar
açúcar e alimentos refinados, pois aumentam a insulina que tem alta
relação com a disfunção da tireoide. Algumas
verduras como brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor, espinafre e
repolho, contêm substâncias naturais chamadas glicosinolatos
conhecida como bociogênicas, que podem interferir na produção de
hormônios se consumidas cruas diariamente, para neutralizar esse
efeito recomenda-se que consuma as verduras cozidas. O
cloro está
relacionado ao bloqueio de iodo na tireoide, deve- se evitar água
clorada e alguns adoçantes (sucralose).
(by Daniela
Sousa,Jeniffer Rodrigues, Josilene Cheliga, Marcia C. Sousa, Mariane Oliveira, Rosemeire Cheliga)