sexta-feira, 16 de outubro de 2015

IMC: O que é ? E como calcular?


Índice de Massa Corporal (IMC), também conhecido como Body Mass Index (BMI) é uma fórmula para avaliar se o peso do individuo está saudável de acordo com sua altura. 
A fórmula do IMC é bem simples, necessitando apenas do peso e altura para o cálculo. Portanto para saber o IMC basta apenas dividir o peso (em kg) pela a altura (em metros) ao quadrado conforme a seguinte fórmula : IMC = Peso/ (altura)2.
     O IMC foi elaborado no fim do século XIX por Lambert Quételet. É o principal índice utilizado para avaliar as condições do peso de uma pessoa, qualificando o estado nutricional através das tabelas abaixo. Estas tabelas são diferenciadas para adultos idade entre 19 e 65 anos (tabela 1) e idosos à partir dos 65 anos (tabela 2). O peso é considerado saudável/normal (eutrofia) quando o IMC apresenta-se de 18,5 kg/m2 à 24,9 kg/m2 para adultos e de 22 kg/m2 à 27 kg/m2 para idosos. Desnutrição ocorre quando o IMC esta < 18,5 kg/m2. para adultos e < 22 kg/mpara idosos. É considerado obeso aquele que apresentar IMC: > 25 kg/mpara adultos e 27 kg/m2 para idosos.                                          

    E para crianças e adolescentes (idades entre 5 e 19 anos) utilizam-se as tabelas (charts) desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) variando conforme o sexo (as mesmas estão nos links a seguir). 
Este índice é aceito pela Organização Mundial da Saúde, porém possui restrições para gestantes e alguns grupos étnicos como asiáticos devido à composição corporal deles.
By Oliveira, M.H

Referências:
  • WHO. Growth reference 5-19 years. WHO, 2007. Disponível em: < http://www.who.int/growthref/who2007_bmi_for_age/en/>. Acesso em 10 out 2015.
  • IMC. O que é índice de Massa Corporal. Disponível em: < http://www.indicedemassacorporal.com/indice-de-massa-corporal.html>. Acesso em 10 out 2015.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Benefícios da Erva-Cidreira (Melissa Officinalis)



   Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Atualmente os fitoterápicos tem sido utilizados em grande escala na indústria para a promoção da saúde, dentre eles podemos destacar a erva cidreira . 
  A erva cidreira (Melissa officinalis) é uma espécie nativa da Europa e Ásia. Foi introduzida no Brasil há mais de um século e a ANVISA recomenda seu uso na forma de tintura e extrato padronizados. Estudos comprovam sua eficácia como carminativos, antiespasmódicos, uso no controle de distúrbios do sono e atualmente tem sido utilizada no tratamento de pacientes portadores de Alzheimer de grau leve ou moderado.
   O Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta e entre os elementos que a compõem estão as plantas medicinais que são matérias-primas para a fabricação de fitoterápicos e outros medicamentos.
  O aumento no consumo de fitoterápicos é associado ao fato de que as populações questionam os perigos do uso irracional dos medicamentos alopáticos associados a seus custos substituí-los pelo uso de plantas medicinais. A comprovação da ação terapêutica, associada à insatisfação da população perante o sistema de saúde, tem favorecido essa dinâmica (Tomazzoni et al., 2006).
   A Erva Cidreira é uma planta popularmente conhecida para tratar desordens digestivas e agitação nervosa. A planta contém, majoritariamente, óleos essenciais (citral, citronelal), glicosídeos, derivados do ácido cafêico (ácido rosmarínico), flavonóides e triterpenos.
   Estudos comprovam que Melissa officinalis, na forma de extrato padronizado, utilizado por um período de quatro meses em pacientes portadores de doença de Alzheimer de grau leve ou moderada, teve efeito positivo na melhoria do quadro de agitação psicomotora destes pacientes.
   Apesar do Brasil ter um terço da flora mundial, são países desenvolvidos como EUA, Japão e os europeus que mais manufaturam e comercializam produtos naturais, pois investem tanto em pesquisas como em processamentos.

         Referências
  • MS. A fitoterapia no SUS e o programa de pesquisas de plantas medicinais da central de medicamentos, Brasília, Ministério da Saúde/ Sistema Único de Saúde, 2006. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fitoterapianosus.  > Acesso em: 07 set 2015. 
  • MS. Programa Nacional de plantas medicinais e fitoterápicos, Brasília, Ministério da Saúde, 2009. Disponível em:  <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/plantas_medicinais.> Acesso em: 15 set 2015. 
         By (COLUNNA, C.L.A.; FONSECA, R.O.V.; MARINHO, W.S.; OLIVEIRA, M.H.; OLIVEIRA, S.C.; SILVA; S.L.; TEZZA, T.D.)

Tireoidite de Hashimoto





A Tireoidite de Hashimoto é uma doença auto imune e ocorre quando o organismo produz anticorpos que atacam as células foliculares da tireoide que são as responsáveis pela produção dos hormônios triiodotironina conhecida como T3 e da tiroxina conhecida como T4. Segundo Drauzio Varella “Tireoidite de Hashimoto também é conhecida como tireoidite linfocítica crônica e tem como principal característica a inflamação da tireoide causada por um erro do sistema imunológico. Na tireoidite de Hashimoto, o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Esta patologia é mais comum em mulheres do que em homens, e a prevalência aumenta conforme o envelhecimento”. O predomínio destes anticorpos é muito variado na população geral, sendo decorrentes da idade, do sexo e da ingestão de iodo, além de depender de diferentes metodologia dos ensaios empregados pelos pesquisadores. Os pacientes podem produzirem anticorpos para epítopos diferentes de suas próprias moléculas de TG ou TPO, os anticorpos anti-tireoide produzidos podem escapar à detecção dos testes, que procuram englobar a maioria dos epítopos antigênicos conhecidos, mas não todos. Pode haver também contaminação com outros auto antígenos da tireoide; além disso, diversos aspectos analíticos podem contribuir para esta heterogeneidade, pois os testes disponíveis comercialmente utilizam métodos diferentes em seu desenho (radio-imunoensaios, ELISAs IRMAs, IFMAs), nos padrões, nas técnicas de leitura (radioisótopos, enzimas, luminescência, fluorescência) e principalmente, nos valores de referência.
   O teste mais importante para o diagnóstico etiológico da tireoidite de Hashimoto, doença de alta prevalência, é a determinação do anticorpo anti-tiroperoxidase (A-TPO). Outro teste útil é a determinação dos anticorpos anti-receptor de TSH.
  A Tireoidite de Hashimoto tem como suas causas mais comuns por processo de inflamação o bócio que é o aumento da glândula e hipotireoidismo que diminui a função da glândula devido a diminuição das taxas sanguíneas de triiodotironina (T3) e da Tiroxina (T4). O acontecimento mais frequente dessa patologia são os sinais e sintomas do hipotireoidismo e os sintomas mais comuns que podem acometer os pacientes com tireoidite de Hashimoto são: Cansaço, adinamia, diminuição da frequência cardíaca, câimbras, constipação devido a diminuição do peristaltismo, pele ressecada e fria, diminuição do apetite, sonolência, ganho de peso, diminuição de síntese proteica, déficit de atenção, mixedema (edema duro no pescoço), intolerância ao frio, alterações no ciclo menstrual de mulheres e no libido dos homens, e em alguns casos depressão. Os sintomas podem se agravar devido a progressão da doença, sendo assim o paciente se sente cada vez mais cansado e com menos energia. Devido a diminuição dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), o paciente pode apresentar um aumento do tamanho da glândula tireoide e consequentemente a formação de bócio.
    Algumas mudanças na alimentação são essenciais par o tratamento do hipotireoidismo. É importante praticar exercício físico para acelerar o metabolismo e otimizar o sistema endócrino, aumentando a produção de T3.
   Recomenda-se ao paciente o consumo de peixes que além de ser fonte de ômega 3, selênio e magnésio, é excelente fonte de iodo, que é essencial para o funcionamento da glândula tireoide, mas seu excesso pode ser prejudicial. O selênio é importante para a conversão de T4 para T3. A vitamina A é fundamental para absorção do iodo e vitaminas do complexo B auxilia o iodo com a produção hormonal. O consumo de grãos, cereais e sementes evitam o aumento de açúcar no sangue, o que previne a ativação da insulina.
  Alimentos que devem ser evitados ou consumidos com moderação: a Soja contém grandes quantidades de substancias como flavonoides e ácido fítico, que impede e a absorção dos minerais zinco, cálcio e magnésio. Evite: leite e suco a base de soja, salsicha, peito de peru, hambúrguer e outros produtos que contenham soja. É importante evitar açúcar e alimentos refinados, pois aumentam a insulina que tem alta relação com a disfunção da tireoide. Algumas verduras como brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor, espinafre e repolho, contêm substâncias naturais chamadas glicosinolatos conhecida como bociogênicas, que podem interferir na produção de hormônios se consumidas cruas diariamente, para neutralizar esse efeito recomenda-se que consuma as verduras cozidas. O cloro está relacionado ao bloqueio de iodo na tireoide, deve- se evitar água clorada e alguns adoçantes (sucralose).

                
(by Daniela Sousa,Jeniffer Rodrigues, Josilene Cheliga, Marcia C. Sousa, Mariane Oliveira, Rosemeire Cheliga)



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Importância do Mineral Ferro




A anemia ferropriva é um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo. Além de ser um dos 10 principais fatores de risco na determinação da expectativa de vida das populações (OMS), o Banco Mundial indica que a alta prevalência de anemia implica em perdas de até 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
Em 2005 e 2006, o Projeto Criança Sem Anemia verificou no RS uma situação classificada como severa pela OMS: 44% das crianças de 6 meses a 6 anos de idade têm anemia. Entre as mulheres gaúchas de 16 a 30 anos, 36% têm anemia.
O ferro esta associado à formação e manutenção do tecido sanguíneo, que é um tipo especial de tecido conjuntivo que pode ser dividido em duas partes: plasma (parte liquida) e células sanguíneas, entre elas a hemácia composta essencialmente por ferro, e responsável por transportar os gases oxigênio e gás carbônico, para todas as células do corpo, garantindo a manutenção destas e seus respectivos tecidos.
O ferro proveniente das carnes vermelhas e vísceras animais é biologicamente mais disponível, por ser ligado ao heme é absorvido diretamente pela mucosa intestinal, já os vegetais de forma geral são ricos em ferro porém com a presença de outros compostos como fibras alimentares, fitatos e oxalatos, interferem na absorção do ferro pelo intestino humano. Alguns fatores podem aumentar a absorção do ferro, como o cozimento dos alimentos pelo efeito do calor na quebra de suas ligações com outros compostos orgânicos. Glicose, frutose, alguns aminoácidos e acido ascórbico, por reduzirem o íon férrico ao estado ferroso, também facilitam a sua absorção. Esse efeito justifica o uso de ferro quelado (por exemplo, com aminoácidos) e a orientação de ingerir sulfato ferroso com sucos de frutas cítricas ricos em ácidos ascórbicos, para otimizar a absorção do ferro na prevenção e no tratamento da anemia.
A deficiência deste micronutriente faz com que o organismo não produza hemácias pela falta do ferro, além disso gera uma redução no potencial Imunológico, pois diminui o poder bactericida dos fagócitos, a proliferação linfocitária e a produção de células do organismo, contudo o ferro é necessário tantos aos animais quanto aos microorganismos, de modo que o organismo secreta três proteínas que possuem elevada capacidade de se ligar ao ferro tornando este indisponível para as bactérias e diminuindo a proliferação delas.
Anemia ferropriva também pode ser ocasionada pelo Diabetes uma vez ela lesa os rins e estes não conseguem produzir o hormônio eritropoietina, que estimula a medula óssea a produzir as hemácias e leucócitos.
O ferro é reaproveitado em grande parte pelo corpo humano, embora ocorram perdas no suor, fezes, cabelos, descamação da pele e menstruação, além da transferência placentária da mãe para o feto.
Desta forma devemos absorver a mesma quantidade de ferro eliminada, com isso o homem adulto normal, perde cerca de 1mg ao dia, a mulher adulta perde mais, sendo de 1,5 a 2mg em função da menstruação, as gestantes, cerca de 3mg e indivíduos em fase de crescimento, como lactentes e adolescentes, variam de 0,6 a 1,2 mg.
Como somente 10 a 15% do total de ferro ingerido é absorvido, a quantidade a ser ingerida via alimentação deve ser maior em relação à que eliminamos, para que a absorção reponha adequadamente a perda. E na gestação, como a quantidade ferro aumenta significativamente, é recomendado que haja suplementação de sulfato ferroso.
E com uma alimentação saudável e balanceada, ingerindo os alimentos de diversos grupos, isto proporciona de 10 a 20mg de ferro, ou seja, de 5 a 7mg de ferro em 1000 Kcal
A tabela abaixo nos fornece a informação da quantidade de ferro que o indivíduo deve ingerir segundo a sua idade e sexo.
                          Idade
   
         Quantidade Recomendada (mg) 
CRIANÇAS

0 a 0,5 (6 meses)
6 mg
0,5 a 3
10 mg
4 a 10
10 mg
11 a 18
12 mg
HOMENS

> 19
10 mg
MULHERES

19 a 51
15 mg
> 51
10 mg
GESTANTES
30 mg
LACTANTES
15 mg
Recomendação diária da ingestão de ferro
FONTE: CIÊNCIAS NUTRICIONAIS, 2001.